segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Be The One To Hold You, por Alanna Chemas

Hey leitores! Não, a Alanna não vai fazer uma participação aqui no nosso iglu (por enquanto), mas peço que visitem o blog dela. Nossa querida parceira acaba de postar um texto em homenagem a mim, e eu fiquei muito (repito, MUITO) feliz quando li. Be The One To Hold You foi baseado em fatos reais, leiam, apesar da emoção escondida no texto ser compreensível apenas para aqueles que estavam presentes.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O que é o amor, afinal?

Alguns poetas já definiram o amor com muitas palavras difíceis, outros dizem que o amor é indefinível. Shakespeare disse: "É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor". Charles Chaplin disse: "O amor é a mais bela das frustrações, pois está acima do que se pode exprimir". Bonitas frases, mas alguém poderia, por favor, me explicar o que é o amor? Será que é aquilo que senti quando aquele menino me abraçou? Ou será que é o que senti quando ele me deu as costas? Eu não ousaria defini-lo. Talvez seja essa necessidade de proteger os amigos, essa força que nos une (mesmo com a distância), um amor de irmãos. Talvez seja essa confiança infinita que temos pelos familiares, um amor incondicional. Talvez seja essa vontade de estar perto de alguém que você nunca imaginou do seu lado, um amor sem fim, que tortura e conforta e te deixa forte e fraco ao mesmo tempo. Não sei ao certo, mas de uma coisa estou convicta: o amor dói, e é incrível como não somos capazes de sentir essa dor.

sábado, 15 de agosto de 2009

Quidam - Cirque Du Soleil

Hoje eu tive o privilégio de assistir ao espetáculo Quidam, do Cirque du Soleil, que está em curta temporada aqui em Salvador. Eu estava muito ansiosa pra isso, e é claro que tinha grandes expectativas, mas confesso a vocês que assim que entrei lá, eu pensei: "como o meu pensamento é pequeno...". Tudo é lindo, os chapéis, as máscaras, as roupas, e o melhor de tudo: o espetáculo. Tá bem que eu sou suspeita pra falar (chorona, oi), mas é realmente emocionante. Não tenho palavras boas o bastante pra descrever. Só sei que no final, eu tive vontade de subir no palco e abraçar cada um dos artistas. Então, vou colocar aqui algumas coisas do programa de souvenires, tem muitas frases lindas, e espero que vocês gostem!

"Quidam, um transeunte desconhecido, uma figura solitária vagando pela esquina, um pedestre apressado, uma pessoa perdida em meio à multidão numa sociedade mergulhada no anonimato."

"Como vai o mundo de hoje? Da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda? E como estão suas aflições, madame? E o senhor, como está aquela dor nas costas?...

Ah! Os dias são difíceis, mas a vida é bela; hoje, pela manhã, levei meu cachorro para dar uma volta.

Conheci por acaso um velho homem que trabalha no Porto de Montreal. Ele estava todo orgulhoso de si mesmo por ter fisgado seu primeiro quidam da primavera. Os lírios florescem.

Rir é muito bom, pelo menos vinte minutos por dia. Faz bem à saúde e desintoxica os pulmões. Mas cuidado para não exagerar.

Ah! Esses bancos públicos... Ah! Esses adolescentes...
Ah! Essas crianças... Ah! Esses velhos amantes...
Ah! Vida, morte, amor... Ahhh!"

Trechos extraídos do diário do Diretor, primeiro de abril de 1996

"Será que um dia terei coragem de expressar minha indignação?
Preferiria não morrer.
Preferiria nunca crescer.

Preferiria dilacerar minha alma.
Preferiria desenterrar toda mágoa encoberta."

"Adoraria arranhar com minha voz áspera a suavidade de nossas boas intenções."

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O homem que nunca havia andado de Mercedes

Senhor Aníbal era um homem idoso, gostava dos filhos e netos que tinha e, provavelmente, gostaria do bisneto que teria em uns meses, já que sua neta estava grávida de 7 meses.
Sua vida foi sempre dura, começou a trabalhar com catorze anos na roça, depois foi para São Paulo tentar a vida. Tinha lá suas economias, pois vivia sem regalias.
Deu tudo aos filhos e a esposa, fez o bem para a todos ao seu redor e para si mesmo, era um homem exemplar. Mas sr. Aníbal tinha um sonho e nunca conseguiu conquistá-lo: andar em uma Mercedes.
Agora, no fim da vida, já cumprida sua missão, ele se encontrava em cima de uma maca de hospital, no estado terminal a doença incurável que se acometera dele. Os netos, filhos e esposa ao redor do seu corpo quase sem vida.
Sinais vitais quase nulos, lágrimas dos parentes, tudo escurecendo, aos poucos, o fim próximo.

O primogênito que assinou o atestado de óbito e ligou para a agência funerária, encomenda da coroa de flores, caixão bonito e todas as coisas que seu velho merecia...
Um tempo depois o carro da agência chegou, finalmente senhor Aníbal realizou seu sonho, mesmo sendo pós a vida...

sábado, 1 de agosto de 2009

Confissões de uma ginasta (de prata)

Hoje aconteceu o Campeonato Baiano de Ginástica Artística, e, depois de muito treino, hematomas, pescoços quase quebrados, mãos calejadas, e chororô, eu consegui entrar para a equipe juvenil do meu colégio. A verdade é que eu estava muito, repito: MUITO nervosa pra hoje, mal consegui dormir. Chegando lá, a única coisa na minha cabeça era: "eu vou conseguir, eu sei que vou!" Mas depois que as outras ginastas chegaram, eu entrei em desespero e não consegui segurar o choro. Enquanto eu fazia estrelas e rolamentos no solo, as concorrentes faziam reversões, über, mortais, flics... Foi quando a única coisa na minha cabeça passou a ser: "eu sou uma vergonha". Mas eu tinha uma forte esperança; minha série nas barras assimétricas era uma das melhores. A essa altura, o nervosismo já tinha ido embora, e para alguém competindo um campeonato desse nível pela primeira vez, eu estava bem controlada. Fui, e fiz o que eu tinha que fazer nos aparelhos, dando sorrisos para aqueles árbitros mau humorados. Depois, uma menina da minha equipe fez toda a série, sem bonificações, com a perna dobrada, e não fez uma boa saída. E, adivinhem; ela tirou uma nota maior que eu, e pra completar o mau humor, recebemos a notícia de que não haveriam medalhas individuais, só por equipe. Sinceramente, acho que deviam escrever um livro sobre a vida das ginastas. Porque não há nada mais interessante do que uma pessoa que consegue ficar de cabeça pra baixo, com as pernas abertas, equilibrada nos braços, com ponta de pé; e temos que lembrar de fazer isso tudo em menos de dois segundos, com um sorriso no rosto, não é genial? E eu queria que fosse possível descrever a sensação de conseguir fazer aquele elemento que você treina há anos. No final, ficamos em segundo lugar por equipe, e é óbvio que todas nós estavamos morrendo de vontade de subir no lugar mais alto do pódio. Mas, tudo o que posso dizer é: valeu a pena. Tudo, todos os momentos difíceis, os treinos extras, os gritos da treinadora, cada segundo de ansiedade para apresentar a série. E um muito obrigada aqueles que de alguma forma contribuem para o meu sucesso. Outros campeonatos virão, e com eles a experiência. E tenho certeza de que mesmo na minha última apresentação, vai dar aquele friozinho na barriga...

P.S.: Thi, essa medalha foi pra você!